Zoonoses alerta para a proliferação de caramujos africanos - 21/02/2019
A chuva intensa costuma favorecer um ambiente ideal para a proliferação do caramujo africano (Achatina fulica), hospedeiros de verminoses que podem causar a meningite. Não há relato de infestação deste molusco em Parnamirim, mas é importante se prevenir ao problema.
De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde, para evitar o avanço dessa praga, além das ações desencadeadas pelo setor público, o apoio da população é determinante.
É neste sentido que Josivan Gomes, diretor do CCZ, presta orientações à população. "Não se deve tocar nestes moluscos sem uma proteção, como luvas ou sacos plásticos nas mãos e é importante manter limpos quintais e terrenos, verificando a presença de caramujos africanos em hortas e alimentos, por exemplo, o que pode trazer riscos à saúde", disse.
Se o alimento teve contato com o caramujo africano, o certo a fazer é descartá-lo, pois não está mais próprio para o consumo.
Em regra geral, é importante desinfetar folhas, verduras e legumes antes do consumo, por meio de produtos específicos ou soluções caseiras, como a dissolução de uma colher de água sanitária em um litro de água, deixando o alimento de molho nesta solução por até meia hora, alternando com lavagem em água corrente, antes e depois desse processo.
Nos terrenos, a forma mais adequada de se eliminar os caramujos africanos é por catação manual. Após proteger as mãos para pegar os moluscos, a recomendação é acondicioná-los em um saco de lixo com sal em quantidade abundante, para matar os caramujos.
Como o sal desidratará os animais, formando líquido no interior do saco, a dica é colocar tudo dentro de outro saco, esperar duas horas e colocar tudo para a coleta pública de lixo.
Em caso de infestação em um quintal, por exemplo, a coleta manual deve ser feita periodicamente, até a eliminação do problema.
Dica importante é não jogar sal diretamente nos caramujos livres, pois além de contaminar o solo, as conchas sobrarão no ambiente e se encherão de água de chuva, favorecendo a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Também pode-se cavar um buraco de aproximadamente 40 centímetros e colocar os caramujos africanos dentro deles, quebrando os cascos e jogando uma boa quantidade de cal branco por cima.
De acordo com a equipe de Zoonoses de Parnamirim, reclamações quanto ao surgimento desses caramujos podem ser feitas por meio dos contatos telefônicos 3644 - 8185/8186 ou no novo serviço de Whatsapp do CCZ, 98701-2328.
Postado Por:
Aldo Peixoto Junior
Fotografia de:
ASCOM