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Saúde realiza ações de conscientização à Hanseníase no município - 30/01/2019

O mês de janeiro, é o mês de conscientização sobre a hanseníase, e nesta quinta-feira (31) de janeiro, dia municipal de luta contra a hanseníase, todas às Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Parnamirim estarão realizando ações educativas tanto nas unidades  como na comunidade. 

A intenção é orientar a população sobre a hanseníase, para que saibam identificar sinais e sintomas da doença e com isso conscientizar sobre o diagnóstico precoce da doença e sobre o tratamento. 

Em Parnamirim, todas as equipes que prestam serviços voltados para as Estratégias de Saúde da Família (ESF) foram capacitadas, no mês de dezembro, para acompanhar pacientes de hanseníase e diagnosticar a doença, sendo os casos mais específicos encaminhado para Cento Clínico de Parnamirim (CCPar). 

O tratamento é gratuito e todas às equipes de estratégia de Saúde-ESF estão prontas para atender.

De acordo com o médico dermatologista, especialista no assunto, Dr. Maurício Lisboa, Parnanamirim é o município mais endêmico da Grande Natal. Somente nos últimos cinco anos foram registrados uma média de 14 novos casos a cada ano, o que significa a hanseníase é uma doença de transmissão contante no município. 

Segundo ele, Parnamirim registar uma incidência de sete casos para cada 100 mil habitantes, colocado a cidade com um coeficiente endêmico mais ato do que a média estadual. 

O especialista explica ainda que outro dado que é preocupante em relação a Parnamirim é que em média, nesses últimos cinco anos, 7% dos casos diagnosticados no município foram em pessoas que já apresentavam algum tipo de incapacidade física irrepressível.  “Esses casos são aqueles que chamamos de grau 2 da doença, identificados em pacientes com diagnóstico tardio”, explicou.

Para o médico, esses dados evidenciam a necessidade de melhorar o diagnóstico precoce através de campanhas e através das ações de busca de casos. Ainda segundo ele, os bairros em que há maior incidência da doença são: Parque Industrial, Passagem de Areia, Rosa dos Ventos, Santa Tereza e Santos Reis.

A doença

A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, tendo sido identificada no ano de 1873 pelo cientista Armauer Hansen. É uma das doenças mais antigas, com registro de casos há mais de 4000 anos, na China, Egito e Índia. A doença tem cura, mas, se não tratada, pode deixar sequelas. Hoje, em todo o mundo, o tratamento é oferecido gratuitamente, visando que a doença deixe de ser um problema de saúde pública. Atualmente, os países com maior detecção de casos são os menos desenvolvidos ou com superpopulação. Em 2016, o Ministério da Saúde registrou no Brasil mais de 28.000 casos novos da doença.

A transmissão do M. leprae se dá por meio de convivência muito próxima e prolongada com o doente da forma transmissora, chamada multibacilar, que não se encontra em tratamento, por contato com gotículas de saliva ou secreções do nariz. Tocar a pele do paciente não transmite a hanseníase. Cerca de 90% da população têm defesa contra a doença. O período de incubação (tempo entre a aquisição a doença e da manifestação dos sintomas) varia de seis meses a cinco anos. A maneira como ela se manifesta varia de acordo com a genética de cada pessoa.


Postado Por: Saulo Tarso de Castro
Fotografia de: ASCOM

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