A Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC), por meio da Gerência de Desenvolvimento da Educação Especial realiza hoje (24), a segunda etapa da formação para cem Estagiários Auxiliares da Inclusão em sala de aula, no Campus Parnamirim da Faculdade Maurício de Nassau (UNINASSAU). 

"A educação especial e inclusiva tem desafios bem específicos, o que torna estas formações muito importantes, fortalecendo as relações entre todos que, na comunidade escolar, assumem um compromisso com as necessidades especiais dos nossos alunos portadores de deficiências", disse a titular da SEMEC, Ana Lúcia Maciel.

De acordo com Myrian Juliasse, Gerente de Desenvolvimento da Educação Especial, atualmente existem 550 alunos portadores de alguma deficiência comprovada por laudo médico, matriculados na rede municipal de ensino público e esse número só cresce.  No ano passado, esse total era de 442. 

"O trabalho da sala de recurso em consonância com a gestão pedagógica, coordenação, equipe da SEMEC e da própria Prefeitura, no sentido de contratar professores estagiários, têm contribuindo para um trabalho de excelência que tem sido referência, e por isso, muito procurado, inclusive por alunos especiais que migram da rede privada de ensino para a pública", disse a gerente Myrian Juliasse.

Os estagiários e professores que auxiliam estes alunos especiais em sala de aula participam da Formação dos Auxiliares de Inclusão (FAI) no contraturno do horário de trabalho, garantindo, no horário de expediente, assistência normal em sala de aula e nas Salas de Recursos Multifuncionais.

A estagiária Beatriz Souza, que está no 7º período de Pedagogia, explica a importância da FAI. Para a auxiliar, compartilhar dessa experiência com professores que estão no dia a dia pesquisando e encontrando soluções para as demandas da Educação Inclusiva, complementa a formação teórica que ela recebe na universidade.

A pedagoga Micheline Fabíola oferece atendimento especial aos alunos portadores de deficiências na Sala de Recursos Multifuncionais do CMEI Ilson Santos, em Vale do Sol. A professora afirma que esse atendimento pode ser individual, em dupla ou trio, dependendo da deficiência do aluno e da demanda, com instrumentos e recursos que facilitam o aprendizado destes alunos.

Os encontros da FAI estão acontecendo em três etapas. A primeira, em julho passado, abordou a adaptação curricular e o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). A atual, que é a segunda, aborda as múltiplas deficiências, microcefalia e outras questões. A terceira, em outubro, irá tratar do transtorno psicológico e sindrome de down, com apoio do Núcleo Psicossocial da SEMEC.