Começou hoje, segunda-feira (23), o segundo semestre de aulas no Centro Vocacional de Tecnologia Aeroespacial (CVT-E), instalado no Centro de Lançamento Barreira do Inferno (CLBI), onde uma média de 600 alunos da rede municipal de ensino público de Parnamirim são introduzidos a estudos do universo aeroespacial.

A iniciativa da Agência Espacial Brasileira (AEB) tem o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da Prefeitura Municipal de Parnamirim, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC) e do  Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RN (IFRN).

"Estamos chamando este projeto de "Despertar para a Ciência Aeroespacial". Por meio dele, alunos dos 9ºs Anos de 36 escolas da rede municipal que estão na fase de descobertas vocacionais, de pensar o futuro e a carreira profissional, podem ter como opção, o olhar para o universo aeroespacial", disse Ana Lúcia Maciel, titular da SEMEC.

De acordo com o Coronel-aviador Marco Resende, este primeiro semestre do projeto no CVT-E foi muito positivo. "A provocação científica que tem sido feita a esses alunos é extremamente válida e esperamos que resulte em profissionais para atuação na área", disse o Coronel Resende, que também é representante da AEB.

Tanto conhecimento tem estimulado os alunos  a desenvolverem nas suas escolas, trabalhos onde podem mostrar os conceitos aprendidos a partir deste projeto, "Despertar para a Ciência Aeroespacial". 

De acordo com o Coordenador Pedagógico da SEMEC, Júlio Araújo, já é possível ver efeitos práticos do trabalho desenvolvido no CVT-E. "Na Escola Erivan França, em Pium e na Escola Luiz Maranhão, em Monte Castelo, já houve oficinas de foguetes e feiras de conhecimento com trabalhos aeroespaciais", disse o técnico.

Para o desenvolvimento das aulas na Barreira do Inferno, que também tem apoio de professores do (IFRN) foram erguidos 10 conteiners-hangares, climatizados e com todo conforto, formando o CVT-E, onde antes tinha um campo de futebol. O projeto já chama a atenção de outros estados do país, que já estão solicitando à AEB, que o mesmo seja ampliado para outras regiões.

"Aqui os alunos podem aprender temas diversos sobre satélites e subsistemas, lançamento de foguetes, termos de astronomia, técnicas de sensoreamento remoto e simulação de vôos com drones", disse o professor de Mecatrônica José Soares, instrutor do CVT-E.

Os conteiners-hangares comportam refeitórios, vestiários, salas de reprodução de ambientes Marte e Lua, sala para estudo de satélites, foguetes e drones, entre outros espaços. 

As aulas do projeto "Despertar para a Ciência Aeroespacial" começaram em março e serão encerradas em outubro, com previsão de entrega de certificados de participação em novembro e formação de novas turmas, com até 600 alunos, para o próximo ano.