Dentro da programação alusiva ao mês da mulher, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS)realizou, na manhã desta terça-feira (20) o I Fórum de Combate à Violência Contra a Mulher.

O evento, realizado no auditório da Câmara Municipal teve como objetivo levar informações para as mulheres informações sobre como proceder ao vivenciarem situações do tipo, além de propor um debate a respeito da violência doméstica.

Na programação, o público reunido assistiu a uma palestra ministrada pela Promotora de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e coordenadora do Núcleo de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar do MP, Érica Verícia Canuto de Oliveira Veras.

Ainda na ocasião, a representantes do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) fizeram  a apresentação do projeto “Agentes da Paz”, voltado para o atendimento à mulheres vítimas da violência doméstica.

De acordo com Andrea Farias Felipe, coordenadora do Creas em Parnamirim, o objetivo é atingir o maior número de mulheres possível tentando mostrar para elas que as mulheres também têm poder, de que possível lutar por dignidade e dar um basta na violência, levando paz para o ambiente doméstico.

a coordenadora explica que qualquer mulher que esteja vivenciando uma situação de violência doméstica pode procurar o Creas, relatar sua situação, que a partir de então ela terá todo um acompanhamento.

Esse acompanhamento consiste em informações sobre a Lei Marinha da Penha e a sua aplicabilidade, realização d encontros com a equipe técnica do Creas para orientação jurídica, psicológica e social.

Uma das primeiras ações do projeto será realizada nesta quinta-feira (22) com o ônibus da violência doméstica, incluindo toda a equipe técnica do Creas levando informações sobre questão da família, da própria violência doméstica, da Lei Marinha da Penha e os direitos da mulher.

"A grande maioria das mulheres não sabe que a violência doméstica começa com um simples xingamento e que ela, a partir daí pode procurar a defensoria, dando início a um processo. Quanto mais mulheres a gente conseguir atingir com essas informações, vamos conseguir diminuir muito o índice da violência", esclareceu.

Para a coordenadora do Creas municipal, as maiores dificuldades que as mulheres enfrentam na hora de encarar essa problemática são o medo, o preconceito e a dependência financeira que muitas mulheres ainda tem de seus companheiros.

Mesmo assim ela considera que já houve muitos avanços, sendo a Lei Maria da Penha, em âmbito nacional e em âmbito local, a questão das parcerias com instituições de apoio psicológico, jurídico e social, como a Delegacia da Mulher, com o Ministério Público, com a Defensoria e com o Judiciário.

"Parnamirim está bem engajada em ajudar a mulher e encaminhá-la aos canais de apoio de assistência e fazer tudo o que for necessário para fazer ela sair dessa situação", declarou.

Para a secretária adjunta de Assistência Social, Kátia Cristina, a violência doméstica contra mulheres é algo que não se concebe mais. "Estamos em um momento dr alerta, de pedir socorro mesmo, pois a cada dia milhares de mulheres morrem vítimas desse tipo de situação", destacou.