Palestra no Cine Teatro orienta sobre o combate ao trabalho infantil - 23/11/2017
Um evento intersetorial promovido pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SESAD) e o Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) promove hoje (22) uma palestra sobre o trabalho infantil, com a Dra. Arilúcia Fernandes, do CEREST. Aproximadamente 400 agentes de saúde do grupo Estratégia Saúde da Família (ESAF) e enfermeiros do município participam do evento.
Dados do IBGE e os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) apontam que, no Brasil, o trabalho infantil aumentou 4,5%, de 2013 e 2014, o que significa 3,3 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos. Meio milhão dessas crianças tem menos de 13 anos. No Rio Grande do Norte, foram registrados mais de 41 mil casos.
"Estamos unindo esforços para prevenir e combater o trabalho infantil. Recentemente, recebemos a denúncia de que crianças estariam trabalhando na pesca da tainha no litoral do município. A realidade é muito mais grave e precisamos enfrentá-la", disse a Secretária da SEMAS e vice-prefeita do município, Elienai Cartaxo.
A Coordenadora do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) em Parnamirim, Andrea Farias, pontuou que um levantamento feito com crianças que trabalham em pontos próximos a semáforos, mostra que elas são oriundas das favelas do Fio e do Leningrado, em Natal e o diagnóstico com a solicitação de providências é encaminhado ao CREAS da capital potiguar.
O Secretário Municipal de Saúde, Dr. João Albérico, disse que a orientação aos agentes de saúde e enfermeiros é importante porque estes podem encontrar nos postos de saúde, nas casas e junto às famílias atendidas, casos de trabalho infantil e precisam saber como agir para prevenir e combater o problema.
A médica Arilúcia Fernandes, provocou, em sua palestra, a refexão sobre acidentes de trabalho graves com crianças e adolescentes. "As consequências do trabalho precoce para as crianças são muito prejudiciais ao seu desenvolvimento e precisam ser combatidas", disse a palestrante.
No município, a denúncia de casos de exploração e trabalho infantil pode ser feita junto aos Conselhos Tutelares, por meio do Disque 100. O CREAS está fazendo um levantamento diagnóstico mais preciso sobre a situação, para que os órgãos públicos tenham uma dimensão mais exata do problema.
"Estamos abordando as crianças encontradas em situação de trabalho infantil e vencendo a resistência e as ameaças que envolvem esse procedimento, para mudar essa triste e grave realidade", encerrou a coordenadora do CREAS, Andrea Farias.
Postado Por:
Aldo Peixoto Junior
Fotografia de:
ASCOM