O canto, a vida, a luta e a alma do negro evocados na poesia da jornalista e escritora potiguar Drika Duarte, marcaram a comemoração pelo Dia da Consciência Negra, hoje (21), na Escola Municipal Professor Antônio Basílio Filho, em Passagem de Areia.

A autora Drika esteve lá, falando aos alunos da Escola Antônio Basílio sobre a intenção que a levou a escrever seu livro "Negra Onawale": deixar uma mensagem de amor como força maior que o preconceito.

O Dia da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro, dia da morte de Zumbi, líder histórico do quilombo dos Palmares. A sua companheira, Dandara, foi a personagem que teve sua importância recuperada nas celebrações de hoje (21) na Escola Antônio Basílio.

Vestida como Dandara, a mediadora de leitura Vânia Gomes dançou a música Pérola Negra, embalada por ritmos africanos. "Essa mulher forte tem muito a inspirar as novas gerações, com seu modelo de resistência e luta por seus ideais", disse a professora Vânia.

A programação contou ainda com uma roda de capoeira conduzida pelo professor Fabiano Braga, mais conhecido por "Zangado". Toda semana, o professor leva alunos à Praça Paz de Deus para demonstrações desse esporte que é luta, dança e considerado como bem imaterial pela UNESCO.

A contadora de histórias Bombom, da Sociedade de Poetas Vivos e Afins, participou da celebração à consciência negra na Escola Antônio Basílio, interagindo com os alunos e levando à reflexão sobre o tema.

A festa avançou com distribuição de picolés e confraternização na sala de leitura, que em breve, deverá receber o nome da autora Drika Duarte, convidada especial do evento. 

"Precisamos evitar que o preconceito que afligiu as gerações passadas, atinja as crianças de hoje, que precisam ser educadas para amar e respeitar a construção do ser humano em cada um", encerrou Drika Duarte.