A Coordenação de Promoção à Saúde realizou no último dia 23, a primeira capacitação sobre a febre Chikungunya para 135 agentes municipais de endemias. A iniciativa, que visa disseminar informações clínicas sobre a doença, inclusive sua diferenciação com a dengue, teve como palestrante a enfermeira de Vigilância Epidemiológica, Esmerinda Lira.

O coordenador de promoção à Saúde, Moizes Campos, alerta para o conhecimento da doença. "Apesar de não ser uma doença que apresente formas graves como a dengue, a febre por Chikungunya tende a desencadear grandes epidemias. No Brasil, já foram diagnosticados 1.364 casos, sendo os estados da Bahia e Amapá com os maiores índices. Aqui em Parnamirim não registramos nenhum", explica Campos. 

Chikungunya

A doença é originária da África, mas vem se espalhando pelo Caribe e pela América do Sul. O nome foi dado pelo povo Makonde (grupo étnico que vive na Tanzânia e Moçambique), e significa "aquela que deixa encurvada". O vírus que provoca a febre Chikungunya é transmitido pela picada da fêmea de dois mosquitos, o Aedes aegypti, presente em áreas urbanas, e o Aedes albopictus, mais comum em áreas rurais. Este último atua também como vetor da dengue e da febre amarela.

Os sintomas surgem entre dois e 12 dias após a picada do mosquito contaminado com o vírus. O primeiro deles é uma febre repentina acima de 38,5 graus. A principal característica da doença é a forte dor nas articulações, que pode permanecer no corpo até 18 meses após a infecção.