A Escola Municipal Alzelina de Sena Valença inaugurou nesta quinta-feira (21), sua primeira biblioteca, numa homenagem ao poeta e cordelista mossoroense Antônio Francisco. O evento contou com diversas apresentações literárias e culturais dos alunos sobre as obras do poeta, como o famoso cordel “Os animais têm razão”. Estiveram presentes toda a equipe pedagógica da instituição, representantes da Secretaria Municipal de Educação (Semec) e do Projeto Rio de Leitura. 

Para o homenageado, Antônio Francisco, ter pela primeira vez uma biblioteca com o seu nome foi uma grande satisfação e alegria. “É uma homenagem tão grande, que não temos dimensão. A biblioteca é o centro de uma escola, o livro é quem livra o homem do laço da ignorância. A leitura é uma viagem sem passos, sem sair do canto. Então, ter um espaço com meu nome, significa muito, pois sempre digo que se trabalhasse em algo, seria em uma biblioteca. Tenho uma dentro da minha casa e na minha calçada também tem uma casinha de livros. Eu vi “Antônio Francisco”, fiquei pensando ‘o que eu fiz para merecer tanto?’ O que posso dizer, é que estou muito feliz e só tenho a agradecer por estar vivo, com os meus 70 anos de idade, e principalmente por ter alcançado isso através da leitura, da escrita e do cordel, que foi com o que aprendi a ler e estou agora devolvendo ao cordel, o que ele fez por mim”, disse. 

De acordo com o diretor da instituição, Marcílio de Oliveira, a iniciativa de construir a biblioteca surgiu através da vontade de toda equipe pedagógica e pela necessidade de incentivo à leitura. “A minha grande inspiração foi uma das minhas mediadoras de leitura, que cuidava daquele espaço com muito carinho e aquilo chamou minha atenção quando assumi a gestão da escola. Então abracei, junto com toda a equipe, a ideia da biblioteca da escola como a ‘menina dos meus olhos’ e, a partir daí, nós desenvolvemos várias atividades, ações, para que pudéssemos culminar hoje, com a inauguração. O nome do homenageado surgiu a partir das reuniões do conselho escolar e o indicamos como patrono da nossa biblioteca, que é um dos grandes nomes da literatura, da poesia e do cordel”, falou. 

Texto: Cinthia Oliveria